A gestão eficiente do orçamento é, antes de tudo, fundamental para garantir a sustentabilidade financeira e alcançar os objetivos estratégicos de qualquer empresa. Num cenário volátil e competitivo, as organizações que adotam metodologias adequadas, projetam suas projeções financeiras de forma integrada e, especialmente, alinham o orçamento ao planejamento estratégico, obtêm melhores resultados, mais agilidade para tomadas de decisão e maior geração de valor.
Modelos de Orçamento: Budget, OBZ, OBH, Rolling Forecast
As empresas podem adotar diferentes modelos de orçamento de acordo com suas necessidades específicas. Em primeiro lugar, temos o Orçamento Tradicional . Nele, os profissionais fazem uma previsão anual baseada no histórico e nas tendências financeiras do setor. Além disso, revisamos o orçamento em períodos fixos (anual, semestral ou trimestral). Embora esse modelo tenha baixa flexibilidade, ele funciona bem em ambientes mais resultados.
Por outro lado, o Orçamento Base Zero (OBZ) exige que cada despesa seja justificada do zero, sem levar em conta o histórico. Essa prática, portanto, promove máxima eficiência, eliminando gastos desnecessários. Apesar do maior esforço de elaboração, o OBZ se mostra crucial em processos de reestruturação e busca por produtividade.
Já o Orçamento Base Histórica (OBH) ajusta o orçamento com base nos dados do passado. Ele é simples e barato de montar, porém pode perpetuar despesas ineficientes se não houver revisão crítica.
Finalmente, o Rolling Forecast trata-se de uma revisão constante e dinâmica das projeções orçamentárias, feitas mensalmente ou trimestralmente. Esse modelo mantém sempre um horizonte futuro atualizado, normalmente entre 12 e 24 meses, e aumenta a capacidade de adaptação das empresas em ambientes incertos e mutáveis.
| Modelo | Flexibilidade | Frequência | Esforço | Tendência Atual |
|---|---|---|---|---|
| Orçamento Tradicional | Baixa | Anual/Semestral | Baixo | Em queda |
| Orçamento Base Zero (OBZ) | Mídia | Anual | Alto | Em crescimento |
| Orçamento Base Hist. | Mídia | Anual/Semestral | Baixo | Muito usado |
| Previsão contínua | Alta | Menstrual/Trimestral | Médio | Em alta |
Assim, hoje o Rolling Forecast cresce em popularidade justamente pela sua capacidade de manter as especificações alinhadas à realidade operacional e ao contexto de negócios. Dessa forma, a empresa pode facilitar decisões rápidas e precisas.
Projeção das Demonstrações Financeiras na Gestão Orçamentária
Projetar as projeções financeiras ajuda os investidores a validar cenários, medir riscos e garantir a saúde financeira do negócio. A seguir, detalhamos os principais fluxos de caixa que precisam ser monitorados:
Fluxo de Caixa Operacional (FCO)
O FCO mostra a caixa que as operações principais do negócio geram ou consomem, incluindo receitas de vendas, pagamentos a fornecedores, encargos e impostos. Portanto, esse fluxo indica a capacidade da empresa em sustentar suas operações do dia a dia.
Fluxo de Caixa de Investimento (FCI)
O FCI representa as entradas e saídas de caixa relacionadas a investimentos de longo prazo, como compra e venda de ativos fixos (máquinas, imóveis, equipamentos) ou investimentos em outras empresas.
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento (FCF)
O FCF captura o movimento de caixa relacionado à captura e amortização de dívidas, emissão e recompra de ações, pagamento de dividendos e juros. Ele mostra como a empresa obtém, assim como devolve recursos aos financiadores e acionistas.
Fluxo de Caixa Livre para a Empresa (FCFF) e Fluxo de Caixa Livre para o Acionista (FCFE)
O FCFF corresponde ao fluxo de caixa disponível para todos os provedores de capital da empresa, antes do pagamento de juros e amortizações. Logo, é uma métrica importante para avaliação do valor total do negócio.
Já o FCFE é o fluxo de caixa livre disponível apenas para os acionistas, após o pagamento de todas as despesas financeiras. Assim, serve para medir o retorno real que uma empresa pode distribuir ou reinvestir.
Por fim, a projeção correta e a análise desses fluxos fornecem informações cruciais para decisões de investimento, controle de divisão e elaboração do orçamento alinhado à estratégia da empresa.
Indicadores-Chave para Acompanhamento Orçamentário
Alguns indicadores financeiros são importantes para manter o controle e ajustar o orçamento diante das metas estratégicas. Nesse sentido, destaque-se:
- Margem EBITDA
- Liquidez Corrente
- Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE)
- Índice de Cobertura de Juros
- Retorno Sobre o Investimento (ROI)
Esses indicadores ajudam os gestores a monitorar o desempenho financeiro e, dessa forma, atuar preventivamente para corrigir desvios.
Integração do Orçamento com Planejamento Estratégico usando o Balanced Scorecard (BSC)
Para que o orçamento se transforme em uma ferramenta de gestão eficaz, ele precisa conectá-lo diretamente ao planejamento estratégico da empresa.
O Balanced Scorecard (BSC) permite que a organização alinhe metas financeiras e não financeiras, distribuídas pelas perspectivas financeiras, clientes, processos internos e aprendizado/crescimento.
Ao mapear metas estratégicas em indicadores e ligá-los ao orçamento, a empresa cria um ciclo de monitoramento constante. Assim, ela garante o engajamento das equipes e a flexibilidade necessária para adaptar o plano em mercados dinâmicos.
Portanto, essa integração fortalece a governança, evita a dispersão de esforços e facilita a execução eficaz da estratégia corporativa.
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